Icones e mapeamento psicologico

A Caixa de Ícones desperta a atenção imediata de adultos e crianças por seu espetáculo de cores, formas, tamanhos e texturas. Estas pecinhas, denominadas ícones, já são bastante utilizadas para compor montagens por meio das quais é possível comunicar-se simbolicamente. No entanto, em geral, o seu manejo acaba sendo meramente intuitivo.

Este livro inova ao apresentar uma descrição bem funda­mentada de um eficiente método de aplicação desta po­derosa ferramenta comunicacional tanto na psicoterapia, como em ambientes educacionais ou em treinamentos corporativos.

No ano de 2001, Denise apresentou ao Fernando a Caixa de Ícones, com suas pecinhas coloridas. Fascinado por esta poderosa ferramenta de comunicação, ele propôs que fosse elaborada por es­crito uma descrição do funcionamento dessa prática, batizada como Método de Mapeamento Icônico (MMI), nascen­do assim o embrião deste livro.

O método mostra como utilizar a Caixa de Ícones para elaboração de um mapeamento icônico. O mapeador apresenta uma instrução que leva o mapeado a escolher um conjunto de ícones com os quais compõe uma montagem. A seguir, ocorre uma etapa de leitura conjunta, em que o mapea­do, com auxílio do mapeador, verbaliza o processo e atribui significados aos ícones e à montagem realizada. Inúmeras aprendizagens, descobertas e insights ocorrem durante esta prática, que também propicia soluções para conflitos, além de tomadas de decisão.

O manejo destes ícones vem propor­cionando aos autores vivências e histórias fascinantes, tanto no contexto de psicoterapia quanto em treinamen­tos corporativos. Muitos profissionais já utilizam em seus trabalhos esta ferra­menta ou recursos similares, tais como miniaturas, argila e fantoches. Porém, a ausência de um método que sistema­tize e discipline essa prática pode im­pedir uma ampla, profunda e precisa compreensão da riqueza simbólica existente em cada montagem.

A aplicação de critérios claros e bem fundamentados torna a utilização da ferramenta de comunicação Caixa de Ícones muito mais consistente, clara e objetiva – e consequentemente mais produtiva. O método descrito neste livro estabelece um divisor de águas entre o manejo meramente intuitivo desta ferramenta e uma efetiva apli­cação profissional, com garantia de resultados bastante satisfatórios para os clientes. 

1 Introdução

2 Método de Mapeamento Icônico (MMI)

2.1 MMI e a Psicologia

2.2 Objeto Intermediário

2.3 Ícone Intermediário

2.4 Caixa de Ícones

2.5 Ícones e Miniaturas

2.6 MMI como Ferramenta de Comunicação

2.7 Comunicação Intrapessoal, Comunicação Interpessoal e Mundo Interno

2.7.1 Mundo interno e inconsciente

2.7.2 Organização do mundo interno

2.8 Simbolização

3 Projeto Socionômico de Moreno, Psicodrama e MMI

3.1 A Origem do Psicodrama

3.2 Psicodrama: Estrutura e Funcionamento

3.2.1 Projeto socionômico de Moreno

3.2.2 Os cinco instrumentos do psicodrama

3.2.3 Função de ego-auxiliar e função de ícone auxiliar

3.2.4 Contextos

3.2.5 Etapas

3.3 Recursos Técnicos

4 MMI nos Contextos Socioeducacional e Psicoterapêutico

4.1 MMI no Contexto Socioeducacional

4.1.1 MMI e educação

4.1.2 Mapeador na aplicação socioeducacional

4.1.3 Etapas de aplicação do MMI socioeducacional técnico-didático

4.1.4 Tema central e avaliação de conteúdos com ícones

4.1.5 Tipos de aplicações socioeducacionais do MMI

4.1.6 A leitura de montagens no MMI socioeducacional

4.1.7 Exemplo de aplicação do MMI socioeducacional técnico-didático

4.2 MMI no Contexto Psicoterapêutico

4.2.1 Momento de aplicação do MMI em psicoterapia

4.2.2 Momentos específicos de aplicação do MMI

4.2.3 Instrução em psicoterapia

4.2.4 Incongruência entre a fala e a montagem

4.2.5 Exemplo ilustrado de aplicação do MMI psicoterapêutico

5 Princípios do MMI

5.1 Princípios Gerais do MMI

5.2 Princípios da Caixa de Ícones

5.3 Princípios Relativos à Aplicação

5.4 Princípios Relativos à Instrução

5.5 Princípios da Montagem

5.6 Princípios Específicos na Aplicação Psicoterapêutica

5.6.1 O psicoterapeuta mapeador não tocará a montagem do mapeado

5.6.2 O psicoterapeuta não fará juízo de valor relativo à montagem

5.6.3 A construção do vínculo entre mapeador e mapeado

5.7 Princípios Específicos da Aplicação Socioeducacional

5.8 Princípios da Leitura Conjunta de Montagens

6 Leitura de Montagens Icônicas

6.1 Dificuldades na Fase de Leitura Conjunta

7 Reflexões Epistemológicas

8 Modelos-Base para Aplicação do MMI

8.1 Primeira Técnica: Modelo-Base do Significado dos Nomes

8.2 Segunda Técnica: Modelo-Base da Identificação Sociométrica

8.3 Terceira Técnica: Modelo-Base das Expectativas

8.4 Quarta Técnica: Modelo-Base Avaliação da Comunicação Escrita

8.5 Quinta Técnica: Modelo-Base Avaliação da Comunicação Oral

8.6 Sexta Técnica: Modelo-Base do Boneco

8.7 Sétima Técnica: Modelo-Base da Compreensão da Leitura

8.8 Oitava Técnica: Modelo-Base do Átomo Social

8.9 Nona Técnica: Modelo-Base da Linha do Tempo

9 Notas Finais: das Caixas e Vidros de Remédios ao MMI

Referências

DENISE FERREIRA

Mestre em Administração de Em­presas e Gestão de RH pelo Departa­mento de Economía Aplicada y Organización – Universidad de Extremadu­ra, Espanha. Especialista em Pedago­gia Escolar pela SOCIESC. Psicóloga formada pela Universidade Tuiuti do Paraná – UTP (CRP 08/3584). Peda­goga formada pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Docente de Cursos de Pós-Graduação no Brasil e no exterior, atua em Psico­logia Clínica há mais de 30 anos.

FERNANDO BOTTO LAMÓGLIA

Doutorando e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise pela PUCPR e em Direito e Negócios Internacionais pela Uni­versidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Psicólogo formado pela Uni­versidade Federal do Paraná – UFPR (CRP 08/19840). Advogado formado pela PUCPR. Educador há mais de 20 anos, também trabalhou como executivo de empresas por cinco anos na África e na Europa. Atua como consultor de desenvolvimento hu­mano e organizacional.