- Descrição
-
Detalhes
O que levaria uma pessoa a matar alguém que já amou ou alguém por quem está apaixonada? Por que a justiça e a sociedade civil consideraram inúmeros assassinatos passionais como se fossem reações normais de pessoas desonradas por suas-seus- companheiras-os-? Sob a constatação da histórica indulgência em crimes passionais, essa pesquisa versa sobre as leis e o imaginário cultural que sustentaram distorções em julgamentos ao longo dos séculos. Analisa os avanços das transformações jurídicas atuais, promovendo um diálogo entre direito penal e teoria psicanalítica. A autora postula então a noção de crimes no triângulo amoroso, lançando luz sobre as condições inconscientes arcaicas na origem da família, nas relações sociais e nas possíveis formações psicopatológicas de um sujeito que comete um crime movido por violenta emoção...
- Sumário
-
Summary
SUMÁRIO
Introdução
1 Mapeamento da problemática de pesquisa
1.1 Uma base transdisciplinar: crime, emoção violenta, paixão e triângulo amoroso
1.1.1 Vulgata jurídica: crime passional
1.1.2 Emoção: choque e imediaticidade
1.1.3 Emoção calcada no corpo e no cérebro
1.1.4 Paixão: cânon filosófico e desdobramentos psicanalíticos
1.1.5 O triângulo amoroso como índice do mal-estar arcaico
1.2 O tipo passional e suas variantes
1.2.1 O narcisismo compõe um fator ignóbil?
1.2.2 A violenta emoção é subjetiva
1.3 Estatísticas acerca da violência doméstica e dos crimes passionais
1.4 Um método de pesquisa para um objeto transdisciplinar
1.4.1 Categorias, disciplinas e saber psicanalítico
1.4.2 Saída narrativa, escuta e apoio metapsicológico
2 Família nuclear monogâmica e a cultura da propriedade
2.1 Honra, paixão e propriedade
2.2 A exacerbação psíquica de um sintoma social
2.3 Édipo, paixão e as normas do amor burguês
2.4 Coerção social e a lógica da provocação injusta
2.5 O corno e seu estigma
2.6 A tendência cultural alivrar a cara do criminoso passional
3 Transformações históricas nos julgamentos dos crimes passionais
3.1 As leis de um histórico crime de exceção no Brasil
3.1.1 Desdobramentos na lei brasileira até a atualidade
3.1.2 Novas perspectivas legais no combate à violência familiar
3.2 Algumas comparações com o ordenamento penal de outras jurisdições
3.3 A construção da relação entre crime e loucura no contexto europeu
3.4 Históricas controvérsias no diagnóstico da passionalidade violenta
3.4.1 Premeditação versus ação impensada
3.4.2 A discussão médico-jurídica no Brasil no início do século XX
4 Debates remanescentes de um modelo médico-jurídico mal superado
4.1 Jogos processuais: entre o tempo do crime e o tempo da pena
4.1.1 Um exemplo da -in-justiça atual num assassinato meses após a separação do casal
4.2 O normal e o normativo na temporalidade do ímpeto passional
4.2.1 O tempo do ímpeto criminal violento se estende na demanda de cuidados
4.2.2 A duração da violenta emoção: ilustrações literárias
4.3 Sobre a legitimidade de uma leitura psicanalítica do crime
4.3.1 As bases do diagnóstico diferencial em crimes na esfera amorosa
4.3.2 A conformação triádica na eliciação do ciúme homicida e nos pseudo-passionais
4.3.3 Sobre as consequências do diagnóstico e a legitimidade da imputação
4.3.4 A solidão ao fundo da agressão e as respostas punitivas paradoxais
4.4 O tempo da emoção violenta congelado na falha do cérebro
5 A violência arcaica dos crimes no triângulo amoroso
5.1 A violência do casal originada na família do paranoico de ciúme
5.1.1 Um prazer mórbido na relação passional
5.2 Instâncias psíquicas: o tempo inconsciente do crime
5.2.1 Os crimes do amor-próprio e a referência simbólica ao pai
5.2.2 A identificação dos jurados e o processo de vitimização
5.3 Rivalidade e ciúme como incrementos do amor-paixão no texto freudiano
5.4 Passagem ao ato, inquietante estranheza no amor e projeção
5.5 Erotismo e morte na busca utópica de continuidade com o outro
5.5.1 Sentimento oceânico, destruição, uso de objeto e a chance criativa da paixão
Considerações Finais
Referências
- Sobre o Autor
-
Sobre o Autor
Marília Etienne Arreguy
Doutora pelo Instituto de Medicina Social da UERJ e na École Doctorale de Recherches en Psychanalyse et Psychopathologie da Universidade de Paris 7 – Denis Diderot; Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Rio; Especialista em tradução de língua francesa pela UFF, atua em traduções orais e escritas na área de psicanálise; Psicóloga pela UFMG. Já publicou diversos artigos acadêmicos. Atualmente, é Professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, coordenando pesquisas multidisciplinares voltadas ao contexto educacional. Com escuta e olhar advindos da clínica psicanalítica, investiga temáticas como crime, passagem ao ato, ciúme, feminilidade, amor, paixão e violência em relações familiares e no binômio professor-aluno.
- Detalhes do Produto
-
Detalhes do Produto
editora Jurua Autor MARILIA ETIENNE ARREGUY ISBN-13 9788536232287 Edição 1 Ano da edição 2011 Número de Páginas 376
Calcule prazo de entrega e frete: